segunda-feira, janeiro 17, 2005

E depois... dos exames!

Acabada que está a primeira volta destes exames de primeira época e próxima que se apresenta já a segunda, apetece-me, de alguma maneira, deixar aqui este post...
Muito ao jeito das historiazinhas do Avô Cantigas...

A História das Histórias

Era uma vez uma menina chamada Sara Capuchinho Riscado, que gostava muito de brincar com Matrizes e Espaços Vectoriais e que morava na floresta, perto do habitat dos bichos matriciais. Um dia, a sua mãezinha Sónia Dahab, que tinha vindo do Brasil só para poder ser mãe da pequena Capuchinho Riscado, chamou-a e disse-lhe:
- Capunhinho Riscado! Chega aqui! Preciso qui 'cê vá à cásinha dji sua 'vóvózinha Ducla Soares, lévá essiss céréais Integrais, junto com éssás Primitivas pr'á coitádjinhá comé! Ela ficou doentji com uns Teoremas quaisqué...
- Sim, sim, minha mãezinha! Vou já a caminho!
E lá partiu ela...
Ao chegar à floresta encontrou um personagem estranho, envolto numa espessa cabeleira negra mas manchada de branco que lhe disse:
- Olá Capunhicho Riscado... Humm... Hãã... Queres, hummmm, um produto do bom? Haa... É de qualidade! E do tipo A(x)!
E a pequena Capuchinho Riscado, que já estava avisada pela mãe destes traficantes que se iam abastecer ao mercado sul-americano, respondeu prontamente:
- Não, não, Senhor B! [Nota: Lê-se "Bi"] Não quero nada dessas coisas esquisitas! O meu amigo Paulinho, que também gosta de brincar com Números em Bicha, já me ensinou a produzir A(x) a partir das minhas amigas Matrizes! Não preciso cá dessas coisas...
E seguiu o seu caminho...
Porém, passado mais um pouco, voltou a encontrar outros dois personagens. Um deles era pequenino e enfezado e o outro era alto mas fininho. Vinham a discutir:
- Não 'tás a pguecebêgue! A ofegta ega uma coisa imensa! - dizia o pequeno.
- Não faz sentido! - respondia o mais alto - Isso pura e simplesmente não faz sentido...
- Mas estou eu a dizêgue-te que ega! Se o Vasquinho se dedicasse ao Flamenco ia têgue uma guegrânde pgocuga! Em Espanha é que a ofegta ega maiogue!
- Mas isso não faz sentido!
Nisto, o personagem alto saca de uma cadeira vinda não se sabe muito bem de onde e, subindo para cima dela e batendo com a cabeça no ramo de uma árvore, disse:
- Não vou levantar notas nenhumas! Não vou! Não faz sentido! Há colegas que podem fazê-lo mas a mim escusam de mo pedir...
Capuchinho Riscado, intrigada, perguntou-lhes:
- Quem são vocês, afinal?
Ao que eles responderam:
- Então... somos os aRe i éMe!
- Os músicos?
- Não! O Ricardo e o Marquinho! R & M!
Capuchinho achou que, por certo, aqueles dois não batiam muito bem da cabeça - devido ao Micro tamanho dos seus cérebros - e decidiu seguir caminho. Os personagens seguiram também o seu, prosseguindo com a sua discussão.
Ia ela muito feliz da vida, pensando alto como resolver uma Forma Quadrática, quando ouviu, nuns arbustos, algo que mexia. Foi investigar e... deparou-se com uma coisa pequenina e rechonchudinha que logo identificou:
- Um pinipom!!!
- Sim! Pois sou! E então? Tens alguma coisa a ver com isso? Vê lá se não te faço já um Tratamento aos Dados...
- Não! Desculpa... Não queria ofender! Que fazes por aqui?
- Queres mesmo saber? Caí do palco abaixo! Estava eu aqui a sonhar acordado, em como seria ter um auditório cheio de pessoas para assistirem às minhas palestras quando... caí! Nem percebi muito bem como aconteceu!
- Ah... Pois... - disse ela. E pensou: "Mais outro que não é muito normal... Será que são todos assim, por aqui?"
E seguiu o seu caminho, rumo à casa da avó Dudu.
Pelo seu caminho encontrou ainda alguém que fugia sempre dela. Foi atrás dele uma vez, mas ele fugiu e escondeu-se. Voltou a tentar uma vez mais, correu novamente atrás dele, mas ele foi novamente mais rápido na sua fuga. Por último, desesperada, correu desenfreadamente... mas ele conseguiu fugir. Todavia, quanto ele fugia desta última vez, ela percebeu de que criatura se tratava: o Não-Me-Batas, a criatura mais tímida de toda a floresta! E era por isso que, ao fugir, ela gritava, insistentemente:
- Portanto... 'Tá bem? 'Tá bom? 'Tá certo? Há dúvidas até aqui?
E, decidida a não voltar a parar, seguiu resoluta até casa da avó Dudu.
Ao chegar à sua porta, encontrou um senhor bem parecido que achava que já tinha visto em alguns jornais. Ele primeirou a apresentar-se.
- Boa tarde, menina! O meu nome é Baleiras, Rui Nuno Baleiras! Vim aqui tomar um cafézinho com a sua avózinha Dudu, mas quer-me parecer que ela não está em casa. Sabe se ela saíu? Se foi a algum Macro-mercado, por exemplo...
- Boa tarde! Não, não sei... Mas a minha mãezinha Sónia disse-me que ela cá estaria... Acho que vou entrar pela janela e ver o que se passa... Quem sabe aconteceu alguma coisa...
Capuchinho Riscado pulou então para o parapeito da janela, e esgueirou-se para dentro da casa. O que lá encontrou deixou-a de boca aberta! Estava um sujeito pequenino, com óculos, e com cara de quem tinha estudado numa universidade americana muito importante, refastelado no sofá e com uma barriga enorme.
- Quem és tu? - perguntou a medo a Capuchinho Riscado.
- Sou o Lobão! Onde está o teu avô?
- O meu avô? - perguntou Capuchinho Riscado, recordando-se do imigrado avô Cardoso, que tantos Ok's dizia e que tanto contribuiu para o desenvolvimento da marca Burberry's. Mas prosseguiu - A questão é: Onde está a minha avó?
- Ora! Estava com fome! Apetecia-me comer o teu avô! Bati à porta! A tua avó disse que estava sozinho e eu perguntei se ela ali atrás - da porta, bem entendido - queria que eu o tirasse! Ela estranhou a pergunta, eu arrombei a porta e entrei!
- E onde está ela?
- Comi-a! E agora vou comer-te a ti!
E começou a correr atrás dela, que gritava correndo em círculos pela sala!
Baleiras, do lado de fora da porta, apercebendo-se dos gritos, ligou logo para o seu assistente sul-africano:
- Estou? Serranito? Preciso de ti agora mesmo!
- O quêsss? Bonsss diassss! Tem a certeza que isssso é importantesss? Talvezsss isssso não interessse...
- Cala-te e vem já para aqui!
E Serranito veio apressado, à velocidade que as suas banhas e barriga de cerveja lhe permitiam, e cedo chegou, armado com a sua poderosa caçadeira movida a piadas secas. Baleiras explicou-lhe sucintamente a situação - não sem que Serranito insistisse, por mais que 5 vezes, que "isssssso não interesssa! - e este entrou em acção!
Arrombou a porta e disparou a sua piada:
- Que se passa com as luzessss? Essstão todossss a olhar para o tecto?
Esta piada paralizou o Lobão e Capuchinho Riscado. Só pelo tempo suficiente de Serranito disparar a seguinte:
- Não temosss gizsssss!
Foi quanto bastou! Capuchinho correu para o pé de Baleiras, que se tinha quedado perto da porta, e o Lobão caíu para o lado com um enjoo de tripas - não só por ter comigo a horrorosa Dudu mas por não ter resistido a duas piadas de Serranito.
Para que a história não terminasse mal, todos os intervenientes foram fazer exames, redigidos pelo famoso médico estatístico LFPinto, conhecido pelos seus dificílimos exames médicos! Todos reprovaram, porque ninguém nunca tinha jogado à roleta russa e porque nenhum deles apanhara nunca o autocarro número 58 que pára à porta de casa do Jacinto.
E pronto... viveram felizes para sempre!

Agora, vamos todos dormir... E para o próximo semestre há mais!

1 Comments:

At 7:59 da tarde, Anonymous Ana said...

Absolutamente genial xD

Pena não conhecer todos os profs, mas aqueles que conheço estão realmente bem caracterizados... xD

Parabéns!

 

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